logo RCN
IMPORTAÇÕES

Produção leiteira enfrentou desafios em 2023 devido às importações expressivas, diz Faesc

  • FOTO: SECOM SC -

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) confirmou recentemente que as importações de lácteos quase dobraram em 2023. O aumento foi de 74,2%, totalizando 231,3 mil toneladas de janeiro a dezembro, com desembolsos de 853,62 milhões de dólares (+66%)

A questão das importações maciças de produtos lácteos em 2023 impactou tanto positiva quanto negativamente o setor agrícola em Santa Catarina. Embora os consumidores brasileiros tenham se beneficiado com a redução de preços no varejo, a cadeia produtiva sofreu desafios significativos, resultando no abandono da atividade leiteira por parte de muitos produtores rurais.

Em junho do ano passado, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) alertou o Ministério da Agricultura sobre os impactos desorganizadores das importações excessivas na cadeia produtiva, afetando diretamente a agricultura familiar no estado. Participando ativamente de manifestações e articulações políticas em toda a cadeia produtiva, a FAESC trouxe à tona a complexidade dessa questão.

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) confirmou recentemente que as importações de lácteos quase dobraram em 2023. O aumento foi de 74,2%, totalizando 231,3 mil toneladas de janeiro a dezembro, com desembolsos de 853,62 milhões de dólares (+66%).

São Paulo liderou as importações de lácteos em 2023, representando 26,8% do total nacional, seguido por Santa Catarina, que adquiriu 19,7% do total importado. O presidente da FAESC, José Zeferino Pedrozo, destacou a necessidade urgente de redução nas importações por parte dos laticínios e redes de varejo, em prol do leite produzido localmente. Pedrozo enfatizou a importância da cadeia produtiva do leite para a segurança alimentar do Brasil, especialmente considerando os desafios enfrentados pelos produtores em 2023, como estiagem, enchentes e importações massivas.

A FAESC propõe, em colaboração com a CNA, a implementação de medidas regulatórias para controlar as importações, estabelecendo gatilhos e barreiras para evitar danos às cadeias produtivas organizadas no país. Além disso, o presidente Pedrozo defende uma política abrangente de apoio ao setor, envolvendo iniciativas coordenadas entre os governos federal e estaduais para estimular tanto a produção quanto o consumo. Isso incluiria a redução da tributação, empréstimos do Governo Federal para o setor de leite, combate às fraudes, criação de mercado futuro para commodities lácteas, manutenção de medidas antidumping e consolidação da tarifa externa comum em 35% para leite em pó e queijo. Outras propostas incluem aquisição subsidiada de equipamentos para pequenos e médios produtores, e a obrigatoriedade do uso de produtos lácteos nacionais em programas sociais.

Em relação às importações, a maior parte do leite importado em 2023 provinha da Argentina e do Uruguai, países do Mercosul com isenção da Tarifa Externa Comum (TEC). A Argentina liderou as remessas, representando 45,5% do total, seguida pelo Uruguai com 41,5%. Essa tendência de aumento nas importações, principalmente desses dois países, persiste pelo segundo ano consecutivo.

Com nova marca histórica, BRDE contrata cerca de R$ 2 bilhões em SC Anterior

Com nova marca histórica, BRDE contrata cerca de R$ 2 bilhões em SC

Posse dos novos membros do Conselho Tutelar de Indaial Próximo

Posse dos novos membros do Conselho Tutelar de Indaial

Deixe seu comentário