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PRF pede demissão de policial de SC que teria ensinado “câmara de gás” em curso
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Corregedoria afirmou ter encontrado vítima de ação relatada por policial em aula de cursinho
Mais de um ano depois de ter viralizado um vídeo que mostra o policial rodoviário federal Ronaldo Bandeira, lotado em Santa Catarina, supostamente ensinando a “técnica da “câmara de gás” em viatura durante uma aula de cursinho preparatório para policiais, a PRF pediu ao Ministério da Justiça que ele seja demitido.
A informação foi trazida em primeira mão pela jornalista Camila Bonfim, da Globonews. O relatório da PRF informa que a Corregedoria da corporação localizou a pessoa que foi o alvo da abordagem citada por Bandeira durante a aula, que foi gravada em 2016. A vítima confirmou a informação relatada pelo próprio policial.
No vídeo, o agente Bandeira explica como conteve um homem que reagiu. A filmagem que ganhou notoriedade após a morte de Genivaldo dos Santos, no Maranhão, que foi morto em uma “câmara de gás” no porta-malas de uma viatura da PRF.
“A gente estava na parte de trás da viatura, ele ainda tentou quebrar o vidro da viatura com chute. Ficou batendo o tempo todo”, conta.
Ele fala, então, que nesse momento a polícia abre o porta-malas e aplica spray de pimenta no camburão.
“A pessoa fica mansinha. Daqui um pouco só escutei: ‘Vou morrer! Vou morrer’. Aí eu fiquei com pena, cara. Abri [e falei] assim: ‘Tortura!’, e fechei de novo”, descreveu, rindo. O professor conclui falando: ‘Sacanagem, fiz isso, não”.
A coluna procurou Ronaldo Bandeira, que disse que se manifestaria por meio de sua defesa. A advogada Mariana Lixa, que o representa, enviou nota em que afirma que vai recorrer do pedido de demissão. Segundo ela, a análise da PRF é abusiva e tem erros formais:
“A defesa informa que irá recorrer da decisão bem como irá interpor instrumento judicial contra a decisão que, no olhar da defesa, tem vários erros formais e materiais e em alguns aspectos é abusiva. O Ronaldo é um profissional exemplar que está sofrendo com uma ação descabida, desproporcional e sem justa causa alguma. Tenho certeza que se lerem as razões de defesa, nossos fundamentos serão acatados”.
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