logo RCN

Fecomércio-SC chega aos 75 anos e consolida representação do setor que responde por 53,2% do PIB catarinense

Fortalecimento do empresariado catarinense e valorização do ensino profissionalizante dos trabalhadores estão entre as prioridades da entidade

Você já parou para pensar no impacto que o setor comercial gera para a economia de Santa Catarina? O segmento responde por 53,2% do PIB catarinense e com o propósito de fortalecer esse pilar, além de trazer o compromisso com o desenvolvimento socioeconômico do Estado, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio-SC) chega aos 75 anos consolidada como referência na representação do setor. Desde a fundação, a instituição se mantém atenta aos desafios e oportunidades para garantir o crescimento e a sustentabilidade do setor.

Fundada em 10 de agosto de 1948 para defender as causas do setor terciário, a Fecomércio-SC hoje reúne 65 sindicatos empresariais e administra, em Santa Catarina, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). No total, são 5,8 mil funcionários trabalhando diretamente no sistema que representa o setor que tem 63,5% do estoque de empregos no Estado e 77,3% do setor empresarial catarinense, responsável por 44,3% de toda a arrecadação de ICMS em Santa Catarina. Números que mostram a força do setor, que foi muito impactado pela pandemia, mas soube tirar lições desse período difícil para transformar a maneira com que se relaciona com o mercado consumidor.

— Tivemos que nos voltar muito para a inovação e a tecnologia. Como qualquer empresa e a sociedade em geral, não esperávamos pelas mudanças que a pandemia impôs, mas nos adaptamos para que a retomada fosse possível. Um trabalho muito importante foi fazer novamente o comerciante acreditar no seu potencial. Nós representamos o setor terciário, que vende a produção, então precisamos acreditar muito no que fazemos. É um processo e estamos evoluindo muito bem, com a Fecomércio atuando intensamente para proteger e fortalecer o comércio de bens, dos serviços e do turismo catarinense — destaca o presidente da Fecomércio, Helio Dagnoni.

Pauta tributária

Uma das principais defesas feitas atualmente é em relação à reforma tributária, com o debate sendo acompanhado de perto pelo assessoramento jurídico e parlamentar da entidade e a manutenção permanente do diálogo junto a deputados e senadores da bancada catarinense para que o projeto não prejudique o setor e não aumente impostos para a população.

Outro ponto de atenção foi a medida que destinava 5% dos valores arrecadados pelo Sesc e pelo Senac para a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), o que resultaria na redução de mais de R$ 120 milhões em atendimentos e ofertas de produtos e serviços gratuitos. Com mobilização da Fecomércio e de outras instituições, a proposta foi vetada pelo governo federal.

Há, ainda, a discussão sobre os produtos importados que não pagam imposto até 50 dólares, que a Federação catarinense reforça ser muito ruim para a frente de trabalho do comércio no Estado.

— Se as empresas internacionais podem, o comércio brasileiro também deve ter este direito de vender até 50 dólares sem pagar impostos. Porque o comércio em Santa Catarina, é o setor que mais emprega e gera renda e ele não pode ser prejudicado — pontua Dagnoni.

De olho no futuro

Para além das questões tributárias e seus reflexos na atividade econômica do setor terciário, a Fecomércio tem outras prioridades importantes no horizonte. Uma delas é o foco no turismo, que foi uma das áreas mais afetadas com a Covid-19 e que apresenta uma crescente recuperação.

— O novo petróleo do mundo é o turismo. Ele tem o poder de impactar todos os setores da economia. Diretamente, abrange vários segmentos, gerando emprego e renda. Trazer o turista para dentro do nosso Estado, hoje, é fundamental. Ele produz lá fora, aqui ele vem gastar o seu bônus, e isso fortalece muito a nossa cadeia do consumo — avalia o presidente da entidade.

Essência da Fecomércio, o fortalecimento cada vez maior dos sindicatos também está entre as principais missões. As entidades sindicais empresariais desempenham, em sua região, um papel fundamental no desenvolvimento e na defesa do setor que representam. É uma ferramenta para que os empresários se manifestem, se protejam e proponham melhorias nos ambientes que influenciam sua atividade. 

Na esfera trabalhista, a instituição reforça ser a única voz do empresariado para definir questões importantes da relação com seus trabalhadores. Aquilo que é negociado por ele tem validade acima do legislado e por isso é importante que os empresários participem cada vez mais dessas entidades.

A Fecomércio-SC entende também que a educação é a peça fundamental para a melhoria dos problemas do país e para elevar o patamar social e econômico. A educação básica de qualidade e a formação técnica profissionalizante é fator primordial de desenvolvimento e, através do Sesc e Senac, investimos fortemente nesse propósito. A valorização do ensino tecnológico e profissionalizante também tem papel estratégico na atuação da Federação. Nesse sentido, uma das ações em andamento é firmar parceria com o governo do Estado para aumentar a oferta gratuita de cursos e formações, inclusive nas escolas estaduais, para ampliar o quadro de oportunidades aos jovens catarinenses.

— Intensificamos também a atuação regional para contemplar todos esses projetos. Nossa visão é de potencializar a Fecomércio na defesa, orientação e representação dos seus representados, que o empresário reconheça isso em nós. Gostaríamos de deixar uma marca, de poder dizer que passou aqui uma Diretoria, que olhava para o futuro, de deixar as três casas (Fecomércio, Sesc e Senac) muito sólidas — conclui Hélio Dagnoni.



Secretário vai ao Rio de Janeiro representar Jorginho no lançamento do novo PAC de Lula Anterior

Secretário vai ao Rio de Janeiro representar Jorginho no lançamento do novo PAC de Lula

Jorginho troca “PIX do Moisés” por “TEV” e prevê repasse de R$ 900 milhões Próximo

Jorginho troca “PIX do Moisés” por “TEV” e prevê repasse de R$ 900 milhões

Deixe seu comentário