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Padrasto preso por estuprar menina “seguiu” família até SC e irmão presenciava abusos

De acordo com a polícia, mãe sabia do crime e não denunciou o companheiro

Um homem de 31 anos foi preso na quinta-feira (31) suspeito de estuprar a enteada, de 6 anos, em Guaramirim, no Norte catarinense. De acordo com o delegado Augusto de Brandão, a mãe, os três filhos e o padrasto moravam em Minas Gerais e, há dois meses, a mulher e as crianças teriam vindo a SC pra fugir dele, mas ele acabou os seguindo. Conforme depoimentos, o irmão da menina, de 8 anos, chegou a presenciar o crime.

A polícia ouviu a avó da vítima, que contou que a mãe já suspeitava que o companheiro estuprava a filha e, por isso, decidiu deixar o Estado mineiro. No entanto, quando ele veio atrás da família, a mulher acabou o aceitando novamente dentro de casa.

Já em Guaramirim, conforme o investigador, o homem esperava a esposa sair para trabalhar e se trancava por horas com a menina dentro do quarto. Brandão afirma que a vítima já tinha relatado a situação com uma tia e até mesmo com a própria mãe, mas não foi ouvida. Foi só quando o irmão contou que presenciou alguns dos abusos que a família levou o caso à frente e a menina contou detalhes do que acontecia para a avó.

A partir disso, o caso chegou ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), onde uma funcionária registrou um boletim de ocorrência do crime e, em seguida, o Conselho Tutelar foi alertado, no dia 18 de agosto. Em primeiro momento, a mãe, a vítima e os dois irmãos foram levados para a casa de uma tia para ficarem afastados do suspeito.

— Mas, naquela mesma noite, ela voltou para o local e colocou a criança no mesmo lugar do agressor. Como ficou comprovado que os abusos aconteciam de forma corriqueira, foi pedida a prisão preventiva do padrasto — diz o delegado.

Ainda conforme Augusto de Brandão, como a mãe sabia do estupro e foi omissa com a situação, o Ministério Público pediu o afastamento da mulher e, agora, a avó está com a guarda temporária das crianças. Caso volte a se aproximar dos filhos, ela pode ser presa.

O delegado explica que ela, como mãe, ela tinha o “dever legal” de proteger os filhos e, por isso, também será indiciada por estupro de vulnerável. O padrasto foi preso enquanto trabalhavam dentro de uma empresa. A mulher, neste primeiro momento, não foi detida.

O inquérito policial deve ser finalizado nos próximos dez dias.


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